A fonte solar chegou a 24 GW em operação no Brasil na geração distribuída (GD), mostram dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) apurados pelo Portal Solar. A modalidade, que permite que consumidores brasileiros produzam a própria energia elétrica, soma 2,1 milhões de sistemas fotovoltaicos, beneficiando 3,1 milhões de consumidores.
Ao longo de 2023, já foram acrescentados quase 500 mil sistemas fotovoltaicos para 671 mil novos clientes, somando quase 6 GW de capacidade instalada. Somente nos últimos doze meses, o segmento ganhou 7,8 GW e quase 1 milhão de unidades consumidoras no país.
A classe de consumo residencial é a mais representativa do mercado de energia solar brasileiro, com 11,7 GW e mais de 2,1 milhões de consumidores. Em seguida vem os perfis comercial, rural e industrial, com 6,7 GW, 3,5 GW e 1,6 GW de capacidade instalada, respectivamente.
O estado líder na GD solar é São Paulo, com 3,24 GW de potência operacional, seguido de perto por Minas Gerais, com 3,21 GW. Já a cidade do país com maior capacidade instalada na modalidade é Florianópolis (SC), com 757 MW.
Queda de preços melhora payback
O investimento em sistemas GD solar no Brasil apresentou melhora no payback entre janeiro e junho, mostra levantamento da consultoria Greener. Conforme o estudo, a queda de preços dos equipamentos fotovoltaicos trouxe impacto positivo para conexões realizadas após 7 de janeiro, enquadradas no segundo período de transição das regras de compensação (GD II).
De acordo com o relatório, os preços dos sistemas fotovoltaicos para cliente final em junho apresentaram queda de 17% em relação a janeiro. Os principais fatores foram a redução dos preços dos painéis solares, a desvalorização do dólar e o alto nível de estocagem dos distribuidores de equipamentos.
Na pesquisa, foram calculados o retorno de investimento para sistemas de energia solar fotovoltaica residenciais, comerciais e industriais. Foram constatadas reduções médias no payback de 15%, 20% e 13%, respectivamente, sendo a queda do capex o principal fator para a melhora.
A Greener indicou que, no caso das instalações residenciais, o retorno do investimento variava entre 3,8 e 5,7 anos nos estados do país em janeiro. Em junho, essa faixa caiu para 3,1 e 4,8 anos. Para instalações comerciais, o retorno variava de 3,3 a 4,8 anos em janeiro e passou para 2,4 a 3,7 anos em junho. O payback para conexões industriais saiu de uma faixa de 4,5 a 7,2 anos para uma de 4,0 a 6,3 anos.
Fonte: portalsolar.com.br